Entrevista com Diego Mezzogiorno, candidato ao Senado

Mezzogiornoé natural de Balneário Camboriú e busca uma vaga no Congresso pela REDE. Atua nas áreas de Relações Internacionais e de Startups 

Jornais ADI/Adjori - Neste momento, para o Senado, mais vale experiência ou renovação? 

Diego - Mais vale renovação e eu sou a renovação dita e feita. Sou o candidato mais jovem ao Senado do Brasil. Embora eu seja jovem, venho com uma bagagem importante. Morei em seis diferentes países, sou fluente em seis línguas e quero trazer experiências internacionais para Santa Catarina. Por um motivo: o senador é representante do Estado. E, hoje, os três senadores catarinenses que estão lá, têm seus nomes envolvidos em investigações sobre corrupção. Alguém votou neles. A minha proposta é de renovação com conteúdo e com projeto.

ADI/Adjori - Por exemplo?

Diego - Santa Catarina tem cinco portos. É a maior quantidade do país reunida em um só estado. Mas não temos sequer um Consulado de Carreira. Não existimos internacionalmente. Isso fica evidente quando eu falo que mais de 95% dos nossos produtores de frango têm origem italiana. Mas não vendemos frango para a Itália. Aliás, Temos balança negativa com eles. De acordo com a Fiesc (Federação das Indústrias), o saldo comercial é negativo com a Itália e com a Alemanha, que são dois países fortes na nossa colonização. Temos 67% de origem italiana, 43% de origem alemã. E qual é a nossa relação com a Europa? Eu quero retomar a relação com a Europa.

ADI/Adjori - Vai ser sua prioridade?

Diego - Eu quero retomar a relação com a Europa no que tange economia e cultura, para começar. Quero propor a volta do ensino de italiano e de alemão nas escolas, para que não percamos mais uma geração sem esse conhecimento. Mas também quero retomar a relação com a Europa para trazer investimentos.

ADI/Adjori - Para que área?

Diego - Fiz um levantamento e nós temos hoje, em Santa Catarina, seis ramais ferroviários desativados há quase 50 anos. Quero propor uma parceria entre o governo de Santa Catarina e empresas europeias, ou até chinesas, para que esses ramais sejam recuperados e reativados. Não será preciso nem todo o processo de licenciamento ambiental, porque esses trechos já estão implantados. E as ferrovias podem ser estaduais, a exemplo do que ocorre em São Paulo. Podemos retomar os seis ramais por meio de parcerias público-privadas (PPPs), com ligação para, pelo menos, dois ou três portos. É a forma de não ficarmos reféns no caso de uma greve de caminhoneiros, por exemplo, como vimos acontecer há pouco tempo.