Com previsão de entrar em operação de 2010, novo complexo agroindustrial da empresa terá abatedouro de suínos e fábrica de rações
Edinei Wassoaski
COM ASSESSORIA
Mafra respira Sadia. Adesivos com os dizeres Venha "Mafra será + Sadia" estão espalhados por toda a cidade. A empolgação é geral. Também pudera, a maior agroindústria do País deve injetar quase R$ 700 milhões na região.
O município vai receber o novo projeto da companhia, a construção de um abatedouro de suínos, conforme prevê protocolo de intenções assinado na quinta-feira, 26, pelo diretor presidente da empresa, Gilberto Tomazoni, pelo governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, e pelo prefeito de Mafra, João Alfredo Herbst.
O empreendimento abrange também uma fábrica de rações e granjas de produção integrada. O investimento total, que deverá ser feito até 2010, é da ordem de R$ 650 milhões, dos quais R$ 400 milhões próprios e R$ 250 milhões de terceiros.
Com 35 mil metros quadrados de área construída, a unidade de Mafra terá capacidade para abater 5 mil suínos/dia e deverá gerar uma receita anual adicional à empresa da ordem de R$ 500 milhões quando estiver operando em sua plena capacidade. Já a fábrica de rações deverá produzir 60 mil toneladas/mês. Em relação à geração de empregos, serão criados 1,2 mil novos postos de trabalho diretos e 4,5 mil indiretos. O projeto prevê a implantação de um sistema de integração com 540 suinocultores, entre unidades produtoras de leitão e unidades de terminação.
A previsão é a de que 90% da produção do novo abatedouro seja destinada ao mercado externo. No ano passado, o Comitê Internacional da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) reconheceu Santa Catarina como zona livre de febre aftosa sem vacinação, status até então inédito no País, abrindo a possibilidade da carne suína produzida no Estado ganhar novos e importantes mercados.
O projeto faz parte do plano da Sadia de expandir a capacidade produtiva da companhia no Brasil e no exterior por meio do investimento na ampliação de unidades já existentes e na construção de novas plantas. ?Estamos investindo em greenfields e em projetos inovadores com o intuito de manter a companhia na vanguarda da competitividade e de crescer?, salienta Gilberto Tomazoni, diretor presidente da Sadia.
A escolha de Mafra deveu-se, sobretudo, à infra-estrutura de produção e à localização estratégica da cidade, que fica próxima dos portos de Paranaguá-PR, Itajaí-SC e São Francisco do Sul-SC. Além de todos os aspectos favoráveis, o município está em uma região extremamente propícia para o desenvolvimento da suinocultura.
De acordo com Tomazoni, a nova unidade agroindustrial da Sadia deverá ser um modelo no mercado no que diz respeito à adoção de avançados processos tecnológicos e do conceito integrado de sustentabilidade. ?Nosso projeto não só atenderá como também ficará acima das diretivas internacionais que tratam dos padrões do sistema de integração e do abatedouro?, finaliza ele.
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