Governo do Estado destinou R$ 150 mil para acesso a Barra Mansa, que continua precário
Edinei Wassoaski
CANOINHAS
Vereador Tarciso de Lima (PP) questionou na sessão de segunda-feira, 24, o destino de R$ 149,2 mil, direcionados pelo Governo do Estado para recuperar a SC-303, estrada estadual entre as localidades de Barreiros e o Rio Tamanduá, numa extensão de 50 quilômetros. ?Arrumaram um pedaço e o resto ficou sem nada?, denunciou o vereador. Lima disse ainda que estranha a relação da empreiteira, a Rodoplan, com a Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR). ?Não terminaram o trabalho no acesso a Barra Mansa e ainda estão tirando terra de graça da SC-477?, afirmou. Lima requereu explicações à SDR em relação ao fato, mas diz que não recebeu resposta.
Vereador Silmar Golanovski (PMDB) sugeriu que a Câmara envie ofício ao governador Luiz Henrique (PMDB) denunciando a situação e cobrando explicações.
Presidente da Câmara, Bene Carvalho (PMDB) afirmou que caso a SDR não responda ao requerimento até a próxima semana, o ofício será enviado ao governador.
CONTRAPONTO
A SDR enviou nota ao CN na qual diz que a empreiteira Rodoplan foi contratada pela SDR Canoinhas em março deste ano por meio de processo licitatório, para que executasse as obras pelo menor valor apresentado, ou seja, R$ 149,2 mil. Dentro do mesmo contrato, foi feito um aterro de cerca de três quilômetros próximo à localidade de Barra Mansa, sendo que, de acordo com a nota, 50% do valor do contrato foi empregado na execução do aterro. De acordo com depoimentos da comunidade, ainda segundo a SDR, depois de pronto, o aterro não sofreu novos alagamentos. As obras foram fiscalizadas pelo técnico Belmiro Bosquetti Filho e pelo engenheiro João Linzmeier, do Deinfra.
Por iniciativa do proprietário da Rodoplan, Roberto José de Souza, depois de concluídas as obras de recuperação dos pontos críticos da estrada, a empresa continuou fazendo a manutenção do trecho, sem receber mais nada por isso, diz a nota.
A SDR liberou mais R$ 37,6 mil para a Rodoplan, realizar obras de emergência na estrada.
O Deinfra informa que já foram colocados 600 metros cúbicos de cascalho nos pontos críticos. O material foi retirado da cascalheira de Bela Vista do Toldo, a cerca 38 quilômetros da estrada em recuperação. Bosquetti acrescenta que os serviços de patrolamento e regularização da pista, se o tempo colaborar, serão realizados em 15 dias no máximo.
A SDR diz ainda que está encontrando dificuldades em manter o trecho com 100% de trafegabilidade, em virtude dos estragos que estão sendo provocados por cerca de 15 caminhões altamente pesados, que por ali transitam com excesso de peso, de propriedade de empresas madeireiras. O secretário regional, Edmilson Verka (PSDB), disse que vai propor uma parceria entre o Deinfra (SDR Canoinhas) e as empresas para que ajudem na manutenção da estrada.
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