Pré-candidato pelo PP, esperidião Amin, vibrou com a notícia
ADELMO MÜLLER
Jornal Absoluto
BRASÍLIA - Por maioria de votos, o Plenário do Supremo Tribunal Federal mantém a verticalização para as eleições de 3 de outubro deste ano. A ministra Ellen Gracie, relatora da ADI 3685, e os ministros Ricardo Lewandowski, Eros Grau, Joaquim Barbosa, Carlos Ayres Britto, Cezar Peluso, Gilmar Mendes, Celso de Mello e Nelson Jobim entenderam que o artigo 1º da Emenda Constitucional número 52/2006, que prevê o fim da verticalização nas coligações partidárias, não poderá ser aplicado nas eleições de 2006. Os ministros Marco Aurélio e Sepúlveda Pertence divergiram dos demais. Esta decisão fez o ex-governador de SC, Esperidião Amin, PP, vibrar ontem em Jaraguá do Sul ao tomar conhecimento: ?A manutenção da verticalização, pela qual torcíamos e foi vitoriosa hoje (quarta-feira) no STF, aponta para resultados satisfatórios na eleição de SC, pois esse resultado?, disse Amin quando retornava para Florianópolis, ?ajudará a isolar o atual governo?, - Luiz Henrique da Silveira, do PMDB. ?Nós, que estamos na oposição só podemos ficar satisfeitos como pré-candidato do PP ao governo de SC, porque hoje enfraqueceria os partidos aliados do atual governo catarinense. Mas lá na frente, a gente não sabe o que poderá acontecer...?, disse Amin.
Amin tem toda razão. Dependendo das coligações acertadas em Brasília, evidencia vitória ou derrota dos candidatos nos Estados e poderá, por exemplo, ter o PT estadual pedindo votos para Amin numa eventual coligação do PT-PP, já que o PT busca coligação com o PMDB, mas este partido, através dos seus expoentes, por enquanto descarta, mas diante dos resultados da prévia duvidosa realizada no domingo em função da ala governista do PMDB ter derrubado a ação no STF e trabalha por uma coligação com o PT, assim dando o nome do vice de Lula.
Já o PSDB, que em SC na eleição passada coligou com o PMDB do governador Luiz Henrique, e cuja aliança teve outros partidos que nessa eleição já tem pré-candidatos a Presidente do Brasil; e assim destronou Amin do governo catarinense na eleição passada, mas agora com a verticalização e seus acertos diferenciados ora discutidos em Brasília, nesta eleição, pelo menos no primeiro turno, não deverão estar no mesmo palanque PMDB e PSDB, porque ambos os partidos já tem pré-candidaturas a presidente e a posição de Brasília terá que ser mantida nos Estados. Por outro lado, numa primeira análise, em SC a verticalização poderá fortalecer a pré-candidatura do prefeito de Lages e presidente do PFL em SC, Raimundo Colombo, pois o seu partido e o PSDB buscam coligação para presidente; mas a candidatura de Colombo também poderá ir por água abaixo se o PP entrar no bojo de apoio a Alckmin, pois ai o candidato em potencial na disputa pelo governo de SC será Esperidião Amin, com o PFL e PSDB dando nomes do vice e do senado, se tornando numa coligação forte. Agora se o PMDB vier a coligar com PT em torno do nome de Lula, que hoje é o que está mais próxima em SC à disputa para o governo estadual, com toda certeza, será em torno da reeleição do governador Luiz Henrique, com o nome do vice vindo do PT. Significa que neste Estado a disputa novamente voltará a ser polarizada entre Amin e Luiz Henrique, como o foi no segundo turno da eleição passada vencida por Luiz Henrique da Silveira com diferença de pouco mais de 23 mil votos, e tendo o PT de SC apoiando LHS, e Lula subido em palanque para pedir votos para o atual governador catarinense.
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