Vereador é acusado de desvio de dinheiro quando foi presidente da Câmara em 2002

Edinei Wassoaski

CANOINHAS
 
Vereador Tarciso de Lima (PP) fez sustentação oral no Tribunal de Contas do Estado (TCE-SC), em Florianópolis, na quarta-feira, 17. Ele pediu a reapreciação de suas contas enquanto presidente da Câmara de Canoinhas em 2002. Naquele ano, o TCE emitiu parecer pela rejeição das contas. O motivo principal foi a denúncia de que Tarciso teria participado de um esquema que teria desviado R$ 21,5 mil dos cofres da Câmara por meio de emissão de cheques. A denúncia foi feita pelo então delegado de Comarca, Jaime Martins.
Tarciso explicou aos conselheiros que, na verdade, antes mesmo de Martins ter feito a denúncia, ele mesmo teria denunciado o desvio ao TCE. Tarciso disse ainda que o desvio não era de R$ 21,5 mil, conforme versão do delegado, mas sim, de R$ 46 mil. Tarciso acusa o servidor da Câmara à época, Denilson Correa de Oliveira, de ter operado o esquema.
O vereador, que está no quarto mandato, teve confirmada pelo Tribunal de Justiça (TJSC), em dezembro passado, sentença do juiz da Comarca de Canoinhas, Gustavo Henrique Aracheski, que o condena a quatro anos, cinco meses e 10 dias de prisão, além de pagamento de 21 dias-multa no valor de um décimo do salário mínimo vigente na época do suposto crime. Penas acima de quatro anos não podem ser substituídas por serviços à comunidade.
Com a defesa oral feita no TCE, os conselheiros devem reavaliar o parecer emitido anteriormente. Essa reavaliação segue para o TJSC e é juntada ao recurso que Tarciso impetrou no Tribunal pedindo ‘revisão criminal’.
Paralelo ao recurso no TJSC, Tarciso já recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), última instância possível.