Em entrevista exclusiva, a secretária da saúde interina, Sonia Sacheti fala sobre a situação da saúde no município
CANOINHAS ? Sonia Sacheti, chefe de gabinete da Prefeitura de Canoinhas é a pessoa que tem a missão de colocar a Secretaria da Saúde nos trilhos. Exercendo as duas funções simultaneamente, Sonia deve ficar a frente dos dois cargos até o fim do governo Krautler. Em entrevista exclusiva ela fala sobre seus planos a frente da Secretaria e a atual situação da pasta:
Correio do Norte: Qual a situação atual da Secretaria da Saúde?
Sonia Sacheti: Fiz um levantamento para se ter uma avaliação da situação da Secretaria e tive uma surpresa. A saúde vai bem em Canoinhas. Já tivemos dias piores. Estamos crescendo cada vez mais. Pensei que as dificuldades fossem maiores. Nós estamos com os postos de saúde do interior regularizados, a Policlínica com atendimento de assistente social, farmácia e médicos, a Clínica da Mulher e da Criança, o Pronto Atendimento 24 horas, enfim, grandes conquistas desse governo. Atendemos não somente moradores de Canoinhas, como também de outros municípios vizinhos.
CN: Mas existem dificuldades?
Sonia: Sim, existem dificuldades, mas elas não são privilégio de Canoinhas. As mazelas sociais são a nível nacional.
CN: As despesas da Prefeitura com a saúde são muitas?
Sonia: Desde a transferência de hospitais, transporte, plantões, vigilância sanitária, centro de apoio psicosocial até os postos de saúde, aluguel do Pronto Atendimento e despesas do raio-x são mantidos pela Secretaria.
CN: Isso representa quanto por cento do orçamento público?
Sonia: O mínimo da arrecadação que deve ser gasto com a saúde é 15% da arrecadação, mas já estamos gastando 19%.
CN: Como você vê a administração dos dois últimos secretários da saúde?
Sonia: O Roberto Basílio é muito inteligente, capaz, mas não conseguiu trabalhar dentro da lei. Não é possível empenhar as despesas maiores que as receitas. Quanto ao Tino (Wilson de Alexandrina, que pediu exoneração do cargo na semana passada) o problema foi o recurso para pagar os médicos do plantão. Faltou equilíbrio administrativo entre a formalização do procedimento até o pagamento. O recurso existia, o que não foi feito foi a legalização do procedimento. Não existia a legalidade nesse procedimento.
CN: A Secretaria de Finanças se negou a pagar os médicos?
Sonia: A Secretaria de Finanças trabalha dentro dos procedimentos legais e em nenhum momento se negou a pagar os médicos. Somente exigiu que a situação fosse legalizada, já que o recurso existia. A discordância entre os secretários é que levou Tino ao pedido de demissão.
CN: Quais seus planos para a Secretaria daqui para frente?
Sonia: Logo após as eleições (a legislação proíbe contratações durante o período eleitoral), pretendemos colocar reforço no Pronto Atendimento, uma pessoa que acompanhe o paciente dando-lhe a atenção necessária; não pretendemos deixar faltar medicamento e atendimento médico.
CN: Quais suas impressões sobre a equipe que trabalha na saúde?
Sonia: Temos uma boa equipe. Uma grande e unida equipe. Dentro desse contexto somos todos parceiros.
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