Maior doador de sangue do mundo lamenta omissão do protocolo durante inauguração do Banco de Sangue
Edinei Wassoaski
CANOINHAS
?Criamos a cultura da doação de sangue na região, mas talvez isso só tenha validade para nós e para quem recebeu a doação?. Bastante decepcionado, é com lamento que o maior doador de sangue do mundo, Orestes Golanovski, lembra do dia que deveria ser um dos mais felizes de sua vida, mas que acabou se tornando
O cerimonial de inauguração teve discursos do governador Luiz Henrique (PMDB) e do secretário da Saúde Dado Cherem, mas omitiu Orestes, ignorando a trajetória do doador e a história da Associação dos Doadores de Sangue da Região de Canoinhas (Adosarec), fundada por ele. ?Quantas vezes enfrentei briga em casa para me dedicar a Adosarec, será que isso não vale para nada??, questiona Golanovski.
Com muita insistência da secretária da Adosarec, Márcia Sachweh, Silmar Golanovski, filho de Orestes, falou rápidas palavras em nome da Adosarec. Doadores filiados a Associação prometiam virar as costas quando o governador fosse discursar como forma de protesto contra a omissão. A pedido de Orestes, o protesto não foi consumado.
Orestes se queixa de não ter sido lembrando pelo governador, muito menos pelo secretário da Saúde. ?Não sei se foi esquecimento ou retaliação por conta dos protestos que fizemos?, analisa. Em 2007, Orestes doou sangue no calçadão e entregou a bolsa de sangue na sede da Secretaria de Desenvolvimento Regional (SDR).
O doador lembra ainda que praticamente todos os equipamentos do antigo Banco de Sangue que funcionava no Hospital Santa Cruz, fechado pela Vigilância Sanitária em 2006, foram comprados com recursos angariados pela Adosarec. ?Se não fossemos nós este Banco de Sangue não sairia?, diz com convicção.
De qualquer forma, o nome de Orestes foi lembrado pelo deputado Antonio Aguiar (PMDB) e em uma placa feita pela SDR.
A SDR informou que seguiu o protocolo padrão utilizado pelo Governo do Estado.
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