Orestes Golanovski promete escrever pedido com o próprio sangue
CANOINHAS ? A Associação dos Doadores de Sangue da Região de Canoinhas (Adosarec) prepara para quarta-feira, 26, uma viagem para Florianópolis. Desta vez, não é para doar sangue, mas sim, para protestar. Há mais de dois anos a entidade suplica pelo funcionamento do Banco de Sangue do Hospital Santa Cruz, concluído no ano passado, mas sem funcionários para operar. Acordo feito há mais de dois anos, quando foi fechado o Banco de Sangue por não se adequar às normas da Vigilância Sanitária, previa a adequação do Banco como responsabilidade da prefeitura de Canoinhas e Hemosc. Já a manutenção do Banco seria de responsabilidade do Governo do Estado.
A prefeitura de Canoinhas e o Hemosc cumpriram com suas respectivas responsabilidades, mas o Governo do Estado vem se esquivando, com alegação de que não tem dinheiro para cumprir com o gasto previsto de R$ 10 mil mensais, que o Banco demandaria.
Sem uma solução para o caso, o presidente da Adosarec Orestes Golanovski pretende ilustrar o protesto de quarta-feira, doando sangue na praça da Figueira. Este sangue, de acordo com Golanovski, servirá para escrever um cartaz com a frase ?Queremos Banco de Sangue em Canoinhas?. ?Nós não estamos pedindo um campo de futebol, e sim um Banco de Sangue, que salva vidas?, diz emocionado o maior doador de sangue do mundo.
PRIMORDIAL
Os hospitais da região entendem a importância da Adosarec. Somente para Canoinhas, o Hemosc de Joinville, para onde vai a maioria dos doadores canoinhenses, enviou 175 bolsas de sangue no mês de julho deste ano. ?Pessoas morrem por falta de sangue, isto não sensibiliza o Governo??, questiona Golanovski que diz que há meses o Governo não sinaliza com nenhuma posição em relação ao dilema. ?Esta é a nossa última cartada?, afirma Golanovski.
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