CIS/Amurc não consegue colocar os equipamentos em funcionamento

Edinei Wassoaski

CANOINHAS
 
Em 2008, o Consórcio Intermunicipal de Saúde da Associação dos Municípios da Região do Contestado (CIS/Amurc)  recebeu do Governo do Estado dois aparelhos capazes de fazer exames de alta complexidade. O que seria uma boa notícia aos moradores da região que precisam fazer exames de endoscopia e colonoscopia, não surtiu efeito algum. Isso porque os aparelhos seguem até hoje encaixotados no Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), para onde o CIS/Amurc despachou os aparelhos por não ter condições de colocá-los em funcionamento.
Segundo o secretário executivo do CIS/Amurc, Luiz Cesar Batista, como o CDI foi construído para abrigar aparelhos de ressonância magnética, mamografia, tomografia, raio X e ultra-som (embora apenas a ressonância, raio X e ultra-som estejam em pleno funcionamento), não há salas adequadas para o funcionamento dos aparelhos. Por isso, o CDI tenta um acordo com o Hospital Santa Cruz para que o HSC abrigue os aparelhos.
Segundo Batista, houve uma tentativa de instalar os aparelhos no CDI, mas a iniciativa foi embargada pela Vigilância Sanitária.
 
MÃO DE OBRA
 
O segundo obstáculo para que os aparelhos sejam desencaixotados é a falta de médicos para operá-los. Com relação ao aparelho de endoscopia, o Dr. Ricardo Montorff já se prontificou a operá-lo. Já no caso do aparelho de colonoscopia, a situação é mais complicada. Dr. Vicente Mazzaro, único credenciado para fazer este tipo de exame em Canoinhas, diz não ter tempo para assumir o compromisso.
Segundo a secretária de Saúde de Canoinhas, Telma Bley, há uma possibilidade de os médicos que vão assumir a UTI do HSC em março assumirem também os novos aparelhos.
Em um consultório particular, um exame de colonoscopia pode custar até R$ 630. Extremamente maçante, o exame é realizado hoje em clínicas de Mafra (pelo CIS/Amurc) e Joinville (pelo SUS).
A viagem se torna um verdadeiro martírio para quem precisa de um exame de colonoscopia, já que a pessoa precisa tomar um medicamento laxante 24 horas antes do exame, a fim de limpar o aparelho intestino.
 
Mamografia do CDI deve começar a funcionar em março
 
Com uma média diária de 10 exames de ressonância magnética e mais de um ano de funcionamento, o Centro de Diagnóstico por Imagem (CDI), anexo ao Hospital Santa Cruz, ainda não opera na sua capacidade total. Segundo o secretário executivo do CIS/Amurc, Luiz Cesar Batista, que também administra o CDI, o aparelho tem capacidade para operar 24 horas por dia, realizando mais de 20 exames diários. Hoje, além ressonância, o CDI oferece exames de raio X e ultra-som, mas a partir de março deve passar a oferecer exames de mamografia. Fica ainda pendente o aparelho de tomografia, até o momento sem data para entrar em funcionamento.
O CDI atende a uma população de mais de 1 milhão de habitantes entre Tangará, no centro-oeste, e São Bento do Sul.