Proximidade do verão atenta para cuidados com a pele, prevenção é essencial para uma qualidade de vida melhor
É hora de falar da importância de se proteger do sol durante a estação mais quente do ano. Agora damos a largada aos dias em que mais vamos a praia ou piscina e a exposição contínua e crônica ao sol pode causar câncer de pele. O câncer de pele é um tumor que atinge a pele, sendo o câncer mais frequente no Brasil e no mundo. É mais comum em pessoas com mais de 40 anos e é considerado raro em crianças e pessoas negras.
O famoso o vídeo "Use Filtro Solar", que em português tem versão dublada por Pedro Bial, tem mais de 20 anos e continua atual. Causado principalmente pela exposição excessiva ao sol, o câncer de pele ocorre quando as células se multiplicam sem controle e pode ser classificado como câncer de pele melanoma, que tem origem nas células produtoras da melanina, e o câncer de pele não melanoma: mais frequente no Brasil, responsável por 30% de todos os casos de tumores malignos registrados no País.
"Canoinhas tem um significativo índice de câncer de pele do tipo Carcinoma basocelular, o mais comum e também o menos agressivo, que representa em torno de 70% dos casos que eu atendo. Em sua maioria, trabalhadores rurais e pessoas que trabalham sob exposição direta ao sol são as mais vulneráveis ao câncer de pele não-melanoma", explica o dermatologista Thiago Gresselle.
Além do carcinoma basocelular, que apresenta evolução lenta, o carcinoma epidermoide é outro tipo de tumor, que também surge por meio de uma ferida ou sobre uma cicatriz, principalmente aquelas decorrentes de queimadura. A maior gravidade do carcinoma epidermoide se deve à possibilidade de apresentar metástase, ou seja, pode espalhar-se para outros órgãos.
A estimativa de novos casos de câncer de pele não melanoma no Brasil, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2018 era de 165.580, sendo 85.170 homens e 80.140 mulheres.Os números de mortalidade por esse tumor, segundo dados do Sistema de Informações de Mortalidade (SIM), no ano de 2015 foi de 1.958, sendo 1.137 homens e 821 mulheres.Pessoas de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares, com história pessoal ou familiar do câncer ou com doenças cutâneas prévias são as mais atingidas.
O câncer de pele não melanoma ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas, podendo destruir estas estruturas. "Pálpebras e lábios também são áreas sensíveis atingidas pela radiação solar que precisam de proteção", alerta o especialista.
Ao notar manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram, e feridas que não cicatrizam em até quatro semanas, deve-se procurar o mais rápido possível o médico dermatologista. "Praticamente, todos os dias atendo pacientes com a necessidade de uma biópsia ou já precisando do tratamento para o tumor", conta Gresselle.
De acordo com o médico a principal recomendação para prevenção do câncer de pele é evitar a exposição crônica e contínua ao sol, principalmente nos horários em que os raios solares são mais intensos, entre 9h e 16h, bem como utilizar protetor solar, óculos de sol com proteção UV, roupas que protegem o corpo - com ou sem proteção UV, chapéus de abas largas, sombrinhas e guarda-sol.
"A prevenção é essencial para uma qualidade de vida melhor. Além desses cuidados externos, a alimentação e ingestão de bastante água contribuem para uma pele mais saudável e com menos probabilidade de contrair um câncer de pele", ressalta.
Sobre o câncer de pele melanoma
O câncer de pele melanoma pode aparecer em qualquer parte do corpo, na pele ou mucosas, na forma de manchas, pintas ou sinais. Em pessoas de pele negra, ele é mais comum nas áreas claras, como palmas das mãos e plantas dos pés.
Embora o câncer de pele seja o mais frequente no Brasil e corresponda a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país, o melanoma representa apenas 3% das neoplasias malignas do órgão.
É o tipo mais grave, devido à sua alta possibilidade de provocar metástase, podendo se espalhar para o cérebro, pulmão e outros orgãos. O prognóstico desse tipo de câncer pode ser considerado bom se detectado em sua fase inicial.
Gresselle explica que estudos atuais indicam que as queimaduras solares são um dos fatores que causam o câncer do tipo melanoma. "São os ditos 'torrões', quando há excesso de exposição ao sol,em que a pele fica vermelha, que incomoda até para dormir", esclarece.
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