Uma das fundadoras da Apoca, Marciana ganhou admiração por sua luta contra o câncer, que durou mais de 10 anos, uma luta que se estendeu a dezenas de pessoas ajudadas por ela
CANOINHAS - Depois de uma luta de 12 anos contra o câncer, morreu na tarde de sábado, 7, uma das quatro fundadoras da Associação dos Pacientes Oncológicos de Canoinhas e Região (Apoca), Marciana Salai.
Ela estava internada no Hospital da Unimed, em Joinville, desde sexta-feira, 6, quando sentiu-se mal em Barra Velha, onde estava morando e foi transferida às pressas para Joinville. Na manhã de sábado, Marciana entrou em coma e às 16 horas do mesmo dia faleceu.
Ela foi velada na capela do distrito de Marcílio Dias e enterrada no cemitério do distrito onde nasceu, na tarde de domingo, 8.
Marciana era conhecida por seu trabalho à frente da Apoca. Como diretora da Organização Não-Governamental, Marciana conseguiu os títulos de entidade de utilidade pública estadual e federal, o que permitia a captação de recursos públicos, além de ter sido uma das responsáveis pela captação de recursos para a compra de uma sede própria e de um microônibus e dois veículos para a entidade.
Sua luta foi reconhecida pela Câmara dos Vereadores de Canoinhas que lhe concedeu o título de cidadã honorária do município e pela Assembléia Legislativa de Santa Catarina, que a homenageou com a medalha Antonieta de Barros, no ano passado.
Há pouco mais de seis meses, Marciana foi afastada da direção da Apoca, para facilitar as investigações do Ministério Público, que apurava denúncias de improbidade administrativa na entidade. O processo ainda não foi oferecido à Justiça.
Apaixonada pela vida e com uma impressionante vontade de vencer o câncer, Marciana surpreendia por sua disposição. Não foram poucas as vezes que saiu do hospital e foi trabalhar. Dizia que a Apoca era sua vida e, ironicamente, morreu pouco depois de ter sido afastada da entidade.
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