Acidente envolvendo motorista da prefeitura expõe a bagunça em que se transformou o trânsito canoinhense
Edinei Wassoaski
CANOINHAS
Em 2001 o então prefeito de Canoinhas Orlando Krautler (DEM) sancionou Lei que proibia o trânsito de veículos pesados pelo centro de Canoinhas. Placas indicando desvios foram prontamente providenciadas. Não demorou muito, a prefeitura recebeu queixas de empresas que diziam ser impossível guiar caminhões em ruas esburacadas da periferia, para desviar o centro. Ao assumir em 2005, prefeito Leoberto Weinert (PMDB) acabou com o argumento ao iniciar o anel viário do município, projeto planejado por Krautler e efetivado como a menina dos olhos de Weinert, que repetiu várias vezes que o anel viário ?desviaria o trânsito pesado do centro de Canoinhas?. Suas palavras, no entanto, nunca se tornaram realidade. Hoje o trânsito no anel viário é insignificante. A maioria do trânsito pesado passa pelo centro da cidade.
O contraste entre as ruas Roberto Ehlke (região central) e Adão Tiska, que representa boa parte do anel viário, é desconcertante. Enquanto a Roberto Ehlke tem faixas apagadas, buracos e desníveis, a Adão Tiska se conserva como os melhores asfaltos europeus.
Os dois asfaltos foram feitos em épocas bem próximas, durante a administração de Weinert.
Foi justamente a rua Roberto Ehlke que serviu de palco para um dos mais terríveis acidentes envolvendo veículo pesado que Canoinhas já registrou.
Na manhã de sábado, 14, o operador de guindaste Reinaldo Kovalek, 21 anos, saía de um salão de cabeleireiro na rua Eugênio de Souza, quando ao tentar cruzar a Roberto Ehlke pela Três de Maio, com seu veículo Santana, placas de União da Vitória-PR, foi surpreendido por um caminhão caçamba, placas de Canoinhas, pertencente à prefeitura. O veículo, carregado de pedras britas, segundo testemunhas, teria descido na contramão, batido lateralmente no Santana e arrastado o carro por cerca de
O corpo de Reinaldo foi levado para Pinhão-PR, onde mora sua família. Ele morava em uma pensão em Canoinhas, mas estava de mudança para Três Barras, onde prestava serviço para a empresa Rigesa.
PERÍCIA
O perito Marco Antonio Bubniak começou a perícia no caminhão da prefeitura na segunda-feira, 16, e pretende apresentar as primeiras conclusões ainda hoje. Segundo ele, o radiador do caminhão precisou ser trocado para que o caminhão fosse colocado em funcionamento, o que atrasou a perícia. Somente com o caminhão funcionando será possível verificar os freios. Bubniak trabalha com duas possibilidades ? falha mecânica, neste caso, que os freios tenham falhado, ou falha humana.
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