Policiais teriam agredido dois acusados de assaltar um militar
Edinei Wassoaski
CANOINHAS
O 3.º Batalhão de Polícia Militar instaurou sindicância para apurar denúncia de agressão contra dois homens, acusados de assaltar um policial militar na madrugada de quarta-feira, 27. As versões são contraditórias.
Segundo o policial, cinco homens o teriam agredido e roubado sua carteira com dinheiro e documentos.
Quatro suspeitos foram detidos, mas ninguém sabe explicar porque somente dois estão presos.
Segundo Jonathan Werka, advogado dos dois presos, Jair Ferreira de Lima, 29 anos, e Israel Martins, 31 anos, os dois estavam em um bar com o policial, onde teria ocorrido uma briga com a participação de outros três homens. Pouco depois eles teriam saído do bar. Os dois dizem ter sido abordados por uma guarnição policial na rua Francisco de Paula Pereira. Eles não sabem dizer o que aconteceu com os outros dois. Dizem, inclusive, que não os conhecem e que estavam de carona no carro no qual os quatro foram abordados.
A Polícia diz que abordou os quatro e os deteve porque o policial agredido os teria reconhecido. Um quinto elemento, no entanto, que não estava no veículo, teria fugido com a carteira do policial, segundo a versão da Polícia.
Dos quatro detidos, somente Jair e Israel foram levados para a Delegacia de Polícia Civil. Segundo Werka, os dois chegaram na Delegacia com visíveis sinais de espancamento. Um deles estava com o pulso inchado. Ambos apresentavam hematomas e sangramento por todo o corpo. A dupla diz que foi agredida pela guarnição policial.
SINDICÂNCIA
O caso foi parar no Ministério Público, que pediu abertura de uma sindicância.
Segundo o comandante do 3.º BPM, tenente coronel Ricardo Assis Alves, a sindicância deve ser concluída em 30 dias, mas na próxima semana já deve apresentar algumas respostas.
Ontem pela manhã, os dois acusados foram submetidos a exame de corpo delito. Os dois já têm passagem pela Delegacia.
Esta é a segunda denúncia de violência policial registrada este ano. Inquérito policial apura acusação de que policiais militares teriam cometido excessos durante operação de captura de um suspeito no dia 11 de abril no bairro São Cristóvão, em Três Barras.
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