Acusado de ter assassinado a pequena Gabrielli, canoinhense vai à júri popular

CANOINHAS/JOINVILLE - Pouco mais de um ano depois da morte de Gabrielli Cristina Eichholz, de um ano e meio, a Justiça de Joinville marcou para 14 de agosto o júri popular do único acusado de tirar a vida da menina. O canoinhense Oscar Gonçalves do Rosário está preso desde 12 de março do ano passado.

Ele confessou ter violentado e jogado Gabrielli em um tanque com água, participou da reconstituição, mas hoje nega o crime. Gabrielli foi encontrada no tanque de uma Igreja Adventista em 3 de março de 2007. Ela morreu minutos depois.

Rosário foi denunciado pelo Ministério Público por atentado violento ao pudor e homicídio triplamente qualificado ? morte por meio cruel (afogamento), impossibilidade de defesa em função da idade da vítima e prática de crime para garantir impunidade a outra infração.

A pena prevista para atentado violento ao pudor é de seis anos. Como a vítima tem menos de 14 anos, aumenta em três anos. O homicídio prevê 12 anos, mais um terço por ser criança.

Para a denúncia, o MP se baseou no laudo do IML, que apontou afogamento como a causa da morte. Segundo o promotor Geovani Werner Tramontin, laudo complementar apontou indícios de violência sexual.

A advogada de Rosário, Elizangela Asquel Loch, alega morte acidental. Ela defende que Rosário é inocente e que a menina caiu no tanque.

Se a defesa quiser, pode recorrer ao Tribunal de Justiça para que o júri aconteça em outra cidade. Se isso ocorrer, pode ser marcada nova data. Outra situação que pode impossibilitar a realização do júri em agosto é a desistência de Elizangela, ou se comparecerem menos de 15 jurados no dia.

FAMÍLIA CONFIANTE

Osmar Gonçalves do Rosário, pai de Oscar, recebeu a notícia do julgamento com confiança. ?Temos certeza de que ele (Oscar) será inocentado?, garantiu. Osmar reclama da demora para se marcar a audiência, mas acredita que os dias do filho na prisão estão acabando. Em visitas ao filho, Osmar diz que ele está bastante confiante e certo de que será inocentado no júri popular.