César Gilnei Dalavalle escapou da carceragem em Paula Freitas

PAULA FREITAS - A Polícia Civil e Militar dos municípios de União da Vitória e de Paula Freitas continuam em investigação para descobrir detalhes da fuga de cinco detentos da carceragem de Paula Freitas. Deles, três já foram condenados pela Justiça. ?A população deve ficar atenta porque são presos de alta periculosidade?, adverte o delegado da 4ª. SDP, Celso Neves.

            Para a fuga, os presos teriam cerrado pelo menos três barras das grades. Depois, romperam os cadeados da porta e escaparam pelo alçapão. Durante toda a segunda-feira, 27, a equipe de investigação de União da Vitória conversou com os detentos que ficaram nas celas, fotografou o provável local de escape e levantou dados que podem explicar a fuga. A carceragem de Paula Freitas tem capacidade para receber até 12 presos.

            As buscas pelos foragidos já começaram e a procura atinge a esfera nacional, de acordo com Neves. Mas, o nome que mais assusta é o de César Gilnei Dalavalle. Ele foi destaque na imprensa regional por ter confirmado a autoria de quatro assassinatos. Os crimes aconteceram há pouco mais de dois meses em União da Vitória. César reconstituiu as mortes no final de outubro e aguardava julgamento. Os crimes tiraram a vida de Márcio Antunes, Luis Roberto Félix da Silva, Marcos Ferreira e Luciano Antunes de Lima. As características dos crimes eram similares: as vitimas eram homens, tinham menos de 25 anos e morreram com apenas um tiro na cabeça, em lugares desertos.

            Na imprensa, a seqüência e o formato das mortes garantiu à César a denominação ?Serial Killer?.

Na quarta-feira, 29, a Policia conseguiu recapturar em General Carneiro, Rodrigo Geremias dos Santos. Seu parceiro de fuga, Roberto Carlos Rodrigues, consegui escapar.

Segundo o relato da Polícia, o proprietário de um estabelecimento comercial ligou para o 190 dizendo que havia sido abordado por duas pessoas armadas com faca. Ele reconheceu os rostos e ligou a imagem à fuga de Paula Freitas. A dupla o obrigou a entregar as chaves do seu Fiat Uno. A Polícia foi até o local e, tão logo avistou o carro na rua, ordenou sua parada. O veículo nem chegou a parar totalmente e a dupla já tinha saído dele e entrado em um matagal próximo. As facas ficaram dentro do Uno. A tentativa de voltar para casa, falhou. Rodrigo morava em General Carneiro. Na 4ª. SDP, de União da Vitória, ele contou o motivo que o levou de volta para casa, foi ter sabido que sua esposa estava trabalhando em uma boate.