Menor e grávida morrem afogadas
CANOINHAS ? O cabo que sustenta a balsa do rio Iguaçu, na localidade de Paula Pereira fez mais três vítimas na noite de sábado, 7.
Três mulheres morreram depois de sofrerem um acidente em um bote. O acidente teria ocorrido por volta das 22 horas de sábado. Alessandra Fátima Silva, 28 anos, Juliana Aparecida Mesquita, 18 anos e uma menor com 17 anos, passeavam com o empresário D.B., quando o bote teria virado ao bater contra o cabo que sustenta a balsa.
D.B. teria sido salvo por outro empresário, S.T., que estaria em uma lancha, próximo do local do acidente.
Eles acompanhavam um grupo de amigos que passava o fim de semana em um rancho na localidade.
DIFICULDADE PARA ENCONTRAR OS CORPOS
O rio cheio e a correnteza forte foram obstáculos que dificultaram a localização dos corpos das três mulheres. Alessandra foi a primeira a ser localizada, às 10h30min de segunda-feira, 9, distante cerca de 10 quilômetros do local do acidente. Nas proximidades, cerca de quatro horas depois, bombeiros de Canoinhas e Porto União, encontraram o corpo de Juliana, que, segundo confirmou a autópsia, estava grávida de cinco meses.
A menor foi encontrada somente quatro dias depois do acidente, na quarta-feira, 11, distante cerca de 25 quilômetros do local do acidente.
POLÍCIA COMEÇA INVESTIGAÇÃO
O delegado Altair Muchalski confirmou ontem que a terceira vítima é menor de idade. Em entrevista ao jornal Diário do Planalto, o pai da menina afirmou que ela completaria 18 anos ainda este ano. Ele disse ainda que a menina teria um filho e saiu de Timbó Grande com destino a Canoinhas por convite de uma mulher que a traria para trabalhar como empregada doméstica.
De alguma forma, a garota teria ido trabalhar no Port?s Bar, localizado no bairro Água Verde. Lá, ela teria conhecido as duas amigas que morreram com ela no acidente de sábado.
As garotas que trabalham no bar confirmam que as mulheres trabalhavam com elas, mas nenhuma quis conceder entrevista alegando que teriam recebido ordem expressa do proprietário do bar para não falar. Uma delas, no entanto, afirmou que as três mulheres estariam de passagem pelo bar. ?Elas ficaram só um dia aqui?, afirmou.
A Polícia já sabe a origem das moças. Alessandra era de Porto União e Juliana de Rio Negrinho.
De acordo com Muchalski, D.B. pode ser indiciado por homicídio culposo, que se comete sem intenção. ?Mas tudo são possibilidades?, adverte o delegado. As investigações estão apenas no início. ?Nossa primeira preocupação foi localizar os corpos e dar satisfação às famílias?, esclarece. Muchalski adianta que pelo menos um delito foi cometido. O barco onde estavam as quatro pessoas tem capacidade para três passageiros. Eles não usavam coletes salva-vidas, o que configura outra irregularidade.
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