A divulgação dos dados do censo parcial de 2007, na quarta-feira, 19, pela equipe do IBGE na Câmara de Vereadores revela que, ao contrário do noticiado em todo o Estado, a cidade cresceu
Canoinhas não decresceu
Os números não mentem. Mas nem sempre explicitam a realidade, requerendo a atenção de quem os lê. A divulgação dos dados do censo parcial de 2007, na quarta-feira, 19, pela equipe do IBGE na Câmara de Vereadores revela que, ao contrário do noticiado em todo o Estado, a cidade cresceu, confirmando a impressão visual evidente nos últimos anos. A situação é simples e provavelmente muitos já se haviam atentado. Portanto, vamos a uma explicação:
No ano de 1996, Canoinhas contava com 54.900 habitantes. Dez anos depois, aparece com 52.600 habitantes. É correto afirmar que durante a década de
Acontece que em
Assim, o modo correto de avaliar o movimento demográfico de Canoinhas é subtraindo o número de Bela Vista de 1996 do total de Canoinhas no mesmo ano: o resultado será de aproximadamente 49.250 habitantes em 1996. Observando o censo de 2007, Canoinhas aparece com uma população de 52.550. Daí, pode-se afirmar, matematicamente, que ao invés do ligeiro decréscimo populacional anunciado semanas atrás, a cidade teve um incremento de 3.300 habitantes. Isto significa que o município cresceu em torno de 7%, equiparando-se ao maior índice dos municípios da Amplanorte, juntamente com Três Barras.
Esta observação, devidamente informada pelo IBGE de Canoinhas na quarta-feira, é alentadora e inverte a impressão pessimista que os dados anteriores mostravam. Revela também que Canoinhas vem puxando a retomada econômica do território da Amplanorte, uma vez que, segundo uma prévia sobre os municípios de Mafra e Porto União, o crescimento não chegou ao mesmo patamar.
A referida constatação é fato indiscutível, ponto encerrado, demonstrando que a cidade reagiu. O índice ainda está abaixo da média nacional. Mas, se fosse possível averiguar, provavelmente se constataria que o maior crescimento dos 7% se deu nos últimos anos. Isto permite prever que a cidade esteja acompanhando o ritmo de crescimento do País, o que é notável, após décadas de estagnação. Não obstante, este dado abre a importante pergunta sobre os fatores que permitiram a retomada, assunto para um próximo artigo neste Correio.
Gilson Ribeiro Nachtigal, Reni Scaranto e Walter Marcos Knaesel Birkner, pesquisadores do Grupo de Pesquisa
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