O Estado perdeu na votação entre as cooperativas associadas, a maior parte delas localizadas em Santa Catarina

CURITIBA - O Paraná ficou surpreso por nem ser mencionada na votação de terça-feira. Embora tenha ficado em primeiro lugar nos estudos de viabilidade econômica, de acordo com o jornal Gazeta do Povo, o Estado perdeu na votação entre as cooperativas associadas, a maior parte delas localizadas em Santa Catarina, com 11 representantes, e Rio Grande do Sul, com cinco. O Paraná e o Mato Grosso do Sul têm um representante cada no conselho da Aurora. ?O estudo técnico foi deixado de lado e o que prevaleceu foi a votação das cooperativas. Foi decepcionante?, disse Ari Antonio Reisdoerser, representante do Paraná e diretor da Cooperativa Mista São Cristóvão (Camisc), que é acionista (1,5%) da Aurora. O município de Clevelândia, no sudoeste do Estado, era, na competição com Canoinhas, o mais cotado para receber o investimento.
Mário Lanznaster, presidente da Aurora, disse que a decisão levou em conta análises do comitê técnico, do conselho de administração e da assembléia geral. Segundo a empresa, a base produtiva de grãos e de aves, a infra-estrutura portuária, a disponibilidade de mão-de-obra, incentivos fiscais e materiais e a oferta de água foram algumas das variáveis analisadas. O ponto fraco do Paraná era justamente a vazão do rio São Francisco, localizado próximo ao local onde seria erguido o empreendimento, considerada insuficiente para atender à demanda da empresa.
Reisdoerser nega que esse tenha sido um fator para desclassificação. ?Mesmo com essa limitação, ficamos em primeiro lugar no estudo de viabilidade. O critério não foi econômico?, enfatizou.