Passado um mês desde a mudança da empresa que coleta o lixo orgânico na cidade, o Samusa conseguiu regularizar 90% do serviço, mas agora tem um novo desafio pela frente
Passado um mês desde a mudança da empresa que coleta o lixo orgânico na cidade, o Samusa conseguiu regularizar 90% do serviço, mas agora tem um novo desafio pela frente: reduzir a produção do lixo na cidade.
A redução é necessária pois a nova empresa cobra por tonelada de lixo coletado e transportado e o Samusa também paga por tonelada para o lixão do Consórcio da Ammvi, responsável pelo destino final do material. O cálculo é simples: quanto menos lixo Gaspar produzir, menor será a despesa com este serviço e menor será o reajuste que o consumidor terá daqui a 30 dias.
Lovídio Bertoldi, diretor da autarquia, justifica que não há como escapar do reajuste, que deve ser de cerca de 30% pois o Samusa opera com um déficit de mais de R$50 mil por mês e no ano passado não houve reajuste na tarifa. “Ainda estamos calculando o total de tonelada produzida na cidade. Nosso objetivo é reduzir ao máximo a produção e daí então fazer este cálculo de reajuste”, explica.
Produção
Neste primeiro mês Gaspar produziu 1100 toneladas de lixo orgânico. O que representa 700 gramas de lixo produzido por pessoa a cada dia. “Este número é muito alto, em Indaial, por exemplo, cada morador produz 440 gramas de lixo por dia, em Timbó são 470, em Pomerode são 280. Precisamos reduzir este número”, destaca Lovídio.
O objetivo do Samusa é chegar a 800 tonelada mês, no máximo 900. Para isso a autarquia espera contar com o apoio e conscientização da população e também está tomando algumas medidas.
A primeira mudança será com relação à coleta do lixo industrial, que até este mês era feita junto com a coleta do lixo orgânico e não será mais realizada, fator que acarretará em uma considerável redução. Outra mudança será quanto à cobrança do lixo comercial, que hoje é igual ao lixo residencial e, em breve, terá uma taxa diferenciada conforme prevê o artigo 266 da Lei 1.330/91.
Outra mudança será quanto à cobrança pelo serviço da coleta do lixo em áreas onde não há água canalizada, pois atualmente a taxa é cobrada através da conta de água. Hoje, os moradores de diversas regiões não pagam pelo serviço de coleta e em breve passarão a pagar através da conta de energia elétrica. “Com todas estas medidas vamos diminuir a quantidade do lixo e aumentar nossa arrecadação, tudo isso para reduzir o reajuste para a comunidade”, destaca o diretor do Samusa.
Lovídio explica que todas as mudanças não ocorrem em função da nova empresa. “A antiga empresa também ia passar a cobrar por tonelada, e cobraria muito mais, e ela também não iria mais coletar o lixo industrial”, garante.
Despesas
Com base nas 1.100 toneladas produzidas neste primeiro mês, Gaspar vai pagar para a nova empresa R$208 mil para a coleta, transporte e destino final do lixo orgânico. Para a antiga empresa a autarquia pagava R$187.500, porém, segundo Lovídio, a empresa queria um reajuste para R$225 mil. A nova empresa fará o serviço pelo período de seis meses, tempo estipulado pelo Decreto Emergencial. Após este período um Edital de Licitação fará a contratação oficial da nova empresa que executará o serviço na cidade.
SEPARAÇÃO E RECICLAGEM DE PAPÉIS, VIDROS, PLÁSTICOS E METAIS
Como fazer: usando recipientes diferentes para cada material. Papéis, em geral, são recicláveis, com exceção daqueles sujos. Não podem ser reciclados: fraldas descartáveis, absorventes, papel higiênico, guardanapos de papel, papel-toalha e embalagens metalizadas de salgadinhos. O ideal é que você encontre tempo para verificar se o que separou em casa continuará separado no caminhão de lixo e depois encaminhado, de fato, a uma usina de reciclagem. No mínimo, para não fazer papel de trouxa – que, como todos sabemos, não é reciclável
Vale a pena para a cidade? E como! Os materiais recicláveis representam 70% do volume de lixo produzido numa cidade. Por isso, separá-los dos outros detritos resulta em muito mais espaço nos aterros sanitários
COMPOSTAGEM DOMÉSTICA
Como fazer: pode ser montada em um tambor de plástico. O tamanho da composteira de cascas de frutas, folhas e talos depende muito do espaço disponível para abrigá-la. Para uma família formada por um casal e dois filhos, um tambor de 50 litros é suficiente para comportar o lixo produzido em um mês:
1. Para começar, é preciso fazer furos na lateral do recipiente, a fim de escoar o líquido que se forma com a decomposição dos restos. Ele pode ser recolhido em vasilhas. Não se preocupe: esse líquido não é tóxico, ao contrário do chorume dos aterros, que resulta da mistura de outros tipos de detrito
2. Com o recipiente da composteira pronto, forre o fundo com pedrinhas e coloque a primeira camada de lixo orgânico. Em seguida, cubra-a com terra de jardim, folhas secas ou serragem. Vá intercalando as camadas de detritos com esse tipo de cobertura
3. A cada dois ou três dias, revolva camadas e coberturas, para garantir a oxigenação do material e acelerar, assim, a decomposição
4. Uma vez que o recipiente esteja cheio, é preciso esperar em torno de dois meses para que o processo de compostagem se complete. Depois disso, o conteúdo pode ser usado como adubo.
DICAS PARA DIMINUIR A PRODUÇÃO DE LIXO
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