Fiscalização nas barreiras em Canoinhas, Três Barras, Mafra, Irineópolis e Porto União foi reforçada
CANOINHAS ? A Companhia Integrada de Desenvolvimento Agrícola de Santa Catarina (Cidasc) reforçou o seu contingente em 600 profissionais, a fim de apertar a fiscalização de produtos de origem animal e animais vivos vindos do Paraná e Rio Grande do Sul.
Na região, além das barreiras fixas da ponte do Pintado, em Porto União, na divisa entre Três Barras e São Mateus do Sul e de Mafra com Rio Negro, outras três barreiras móveis foram criadas no Distrito Industrial em Porto União, na balsa de Irineópolis e na balsa de Paula Pereira, às margens do rio Iguaçu.
A fiscalização é permanente e é feita por um técnico da Cidasc, com apoio da Polícia Militar.
As barreiras objetivam coibir a entrada de febre aftosa, descoberta no final do ano passado em rebanhos paranaenses. Santa Catarina é livre da febre aftosa sem vacinação desde 2000.
Além das 43 barreiras ao norte, foram aparelhadas outras 24 barreiras ao sul, para evitar a entrada do vírus Newcastle, descoberto no início do mês em uma criação não-comercial do município de Vila Real, no Rio Grande do Sul. A Newcastle é conhecida como febre aftosa dos frangos.
De acordo com o gerente regional da Cidasc de Canoinhas, Osmar Brey, nunca se montou uma estrutura tão grande para coibir a entrada de doenças no Estado. ?47 por cento do nosso PIB vem do agronegócio, por isso, precisamos nos precaver?, justifica.
Brey diz que todos os veículos que entram no Estado são fiscalizados. Antes do aperto na fiscalização, a entrada de produtos de origem animal vindos do Paraná, embora proibida, acontecia de forma clandestina, principalmente por meio de balsas. Agora, com barreiras montadas também nas balsas, a entrada é praticamente impossível.
O QUE É?
Febre aftosa
A febre aftosa é uma doença de fácil disseminação se não controlada. É causada por um vírus que provoca aftas na boca dos animais, perda de peso e prejuízo econômico. Por isso, sua ocorrência provoca embargo das exportações. Em outubro do ano passado foram registrados focos no Mato Grosso do Sul. Depois ocorreram focos no Paraná que demoraram a ser confirmados.
DEFESA NO ESTADO
Barreiras: 73
Veterinários: 350
Gastos do Estado com a Cidasc: R$ 50 milhões
Investimento das agroindústrias para a contratação de 119 auxiliares técnicos, 119 veterinários, 119 auxiliares administrativos e 119 veículos, por meio do Instituto Catarinense de Sanidade Animal (Icasa): R$ 20 milhões em dois anos.
ÚLTIMOS FOCOS REGISTRADOS EM SC
Aftosa > 1993 (livre com vacinação desde 1998 em sem vacinação, desde 2000)
Newcastle > 1984
Peste suína africana > 1981 (livre em 1984)
Peste suína clássica > 1991 (livre em 1995)
Gripe aviária > não há registro da doença no Estado
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