Com partida marcada para amanhã, cavaleiros vão ficar nove dias na estrada

Edinei Wassoaski

CANOINHAS
 
Amanhã, cerca de 25 homens partem de Canoinhas a fim de percorrer 180 quilômetros no lombo de cavalos. A trilha é uma celebração a memória dos monges que passaram pela região nos fins do século 19 e início do século 20.
A partida acontece da capela edificada no pátio da Escola de Educação Básica Santa Cruz. Durante nove dias, os cavaleiros passarão por seis cidades. A primeira parada será na Gruta de Santa Emídia, a 17 quilômetros do ponto de partida, em Três Barras. Há registros de que o monge João Maria tenha pernoitado na gruta.
As paradas seguintes serão no Rio da Ponte, CTG Vaqueanos (em Papanduva), Torre de Monte Castelo, Pulador (Major Vieira), Santa Emídia (Canoinhas) e Igreja do Salto d’Água Verde (Canoinhas).
A ideia, segundo um dos coordenadores do evento, João Grein, que também participará da viagem, partiu do Clube do Cavalo e pretende resgatar histórias populares por meio de entrevistas e debates. Um DVD deve ser gravado e posteriormente um livro deve ser lançado. “Carecemos de cultura e é justamente nossa cultura, nossos costumes e histórias de nossos antepassados que queremos resgatar com essa trilha”, explica Grein.
A viagem foi batizada de Cavalgada de São João Maria, mas como o próprio Grein lembra, não se sabe exatamente qual dos monges passou pelos pontos a serem visitados, já que outros dois monges passaram pela região em épocas diferentes. “Não entramos neste mérito, optamos por São João Maria porque é de quem há mais evidências de que passou por aqui”.
A saída está marcada para às 14 horas. Haverá uma celebração religiosa na capela de Santa Cruz, seguida de uma explicação do roteiro e objetivos da viagem. Outras celebrações semelhantes estão marcadas ao longo do percurso que encerra em 3 de maio, quando se celebra o dia de Santa Cruz.