Construtora pediu aditivo ao contrato alegando atualização de valores
Edinei Wassoaski
CANOINHAS
Atualização de valores, sucessivos furtos e funcionários descontentes. O que não faltam são motivos para a ESE Construções, de Palhoça-SC, parar a construção de 70 casas do Programa de Subsídio a Habitação, do Governo Federal, que começaram a ser edificadas no ano passado no loteamento Campo d?Água Verde, na avenida Julio Budant Neto. As 70 casas tiveram custo inicial estimado em R$ 1,206 milhões. Desse valor, o Ministério das Cidades liberou R$ 900 mil, com contrapartida de R$ 306 mil da prefeitura.
Segundo o prefeito Leoberto Weinert (PMDB), a princípio o valor cobria os custos, mas conforme alega a empreiteira, o tempo entre a homologação dos papeis e a liberação do dinheiro não previu a atualização dos valores. O prazo entre o assinatura da licitação e início da obra foi de cerca de um ano. Ainda de acordo com Weinert, o processo de mudança de uma licitação é muito complicado.
VELHA CONHECIDA
A ESE Construções é velha conhecida dos canoinhenses, mas por outro nome. A empresa é uma sequência da Edubetos, de propriedade do empresário Eduardo Spindola. A empresa ficou famosa pela construção da Escola de Educação Básica Gertrudes Muller, que levou três anos para ser entregue. Ao longo da dramática construção da escola, os protestos começaram com funcionários da construtora que reclamavam da falta de pagamento por parte da empresa. Em seguida, foram alunos e professores que protestaram contra a lentidão da obra.
A Edubetos declarou falência em 2005, um ano depois de começar a obra da Gertrudes Muller. Nesta época, cinco obras sob responsabilidade da empresa foram paralisadas no Estado.
Pouco depois, a empresa voltou atrás e retomou a obra então orçada em R$ 1,42 milhão.
Em
Somente em agosto de 2007, acordo entre a Edubetos e a Construtora Marítima fez com que as obras fossem retomadas e entregues em 2008.
ABANDONO
Com o abandono da obra do loteamento Campo d?Água Verde, os mais espertos se aproveitaram da situação. Furtos são frequentes. Segundo vizinhos, durante o dia mesmo é possível ver gente puxando desde areia até tijolos. Possivelmente o vento destelhou todas as casas. Caixas de massa e um barraco possivelmente construído para abrigar material estão intactos, por enquanto.
A reportagem tentou contato com o diretor da ESE, mas ele não retornou as ligações. Um funcionário da empresa disse que a empresa deve retomar a obra em fevereiro.
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