Falta de placas e numeração em vias públicas dificulta a vida de carteiros e moradores em Canoinhas
Edinei Wassoaski
CANOINHAS
Marlene de Fátima Bezerra nem acredita que desde o início do ano sua rua tem identificação de fato. Moradora do loteamento Jardim Santa Cruz, até então, só ela e alguns moradores sabiam que sua rua se chamava Zeferina dos Santos Schmidt. Para quem não sabia, restava o exercício da adivinhação, já que nenhuma placa indicava o nome da via. Graças a uma iniciativa do vereador Célio Galeski (DEM), em conjunto com moradores, boa parte das ruas do loteamento receberam placas patrocinadas pelos parentes dos patronos. É o caso da família da professora Zeferina, que patrocinou – cada placa custou R$ 25 – a identificação da rua de Marlene. A cabeleireira conta que antes os Correios não entravam no bairro por falta de identificação das ruas. A solução era ir até a agência, no centro, buscar a correspondência.
Galeski explica que a falta de identificação de vias públicas é problema antigo. Em 2007, quando assumiu por um mês a Secretaria de Obras, chegou a pedir que o então prefeito em exercício Edmilson Verka (PSDB) abrisse licitação para compra de placas. O processo foi aberto e uma empresa que oferecia as placas por R$ 25 cada venceu, mas, segundo Galeski, até hoje as placas não apareceram.
Vereador Paulo Glinski (DEM) também demonstrou preocupação com o tema. “A gente vai para fora da cidade e é possível se localizar, aqui é muito mais difícil sem placas de localização”.
Vereador Alexey Sachweh (PPS) luta em outra frente. Ele apresentou requerimento ao Executivo para que em todos os entroncamentos do interior sejam instaladas placas com a discriminação da localidade. Estas placas têm de ter ainda o nome das estradas principais e das secundárias. “Não há como se localizar no interior de Canoinhas”, justifica Alexey.
Prefeito Leoberto Weinert (PMDB) disse que não há recursos para arcar com a compra de placas este ano. Todas as proposições sobre o assunto serão analisadas em 2010. No centro, a prefeitura tem conversado com comerciantes para que patrocinem placas de identificação das ruas.
NUMERAÇÃO ATRAPALHADA
Para o supervisor dos carteiros de Canoinhas, Amarildo Pereira da Cruz, a falta de placas incomoda, mas nada prejudica mais o trabalho dos carteiros do que a confusão criada pela prefeitura na numeração das casas. Em muitos bairros há mais de uma casa com o mesmo número. Isso sem contar os casos em que a numeração não segue uma sequência crescente. Na avenida Expedicionários, por exemplo, um estabelecimento que está sendo erguido ao lado da escola Rodolfo Zipperer (n.º 566) tem o número 539. “Há casos de ruas em que a numeração vai até o 20 e a sequência segue outra numeração”, explica. No Preciosíssimo Sangue 2, há três casas com o mesmo número na mesma rua.
Cruz diz que já perdeu as contas de quantas vezes procurou a prefeitura para resolver a questão. A resposta que ouve, invariavelmente, é de que um levantamento está sendo realizado para corrigir as falhas.
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