Conferência discute ações de inclusão das pessoas portadoras de deficiência em Canoinhas
Gracieli Polak
CANOINHAS
Com o tema Inclusão, Participação e Desenvolvimento, a 2ª Conferência Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência aconteceu na quarta-feira, 18, no auditório do Hotel Santa Catarina Plaza. Com o objetivo de propor novas ações que propiciem à pessoa com deficiência e discutir as antigas, o evento dimensionou as condições de acessibilidade e inclusão na sociedade.
Tânia Mara Medeiros, presidente do Conselho Municipal dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Comde) afirma que o município de Canoinhas desenvolve ações que integram o deficiente à sociedade, mas, como toda a sociedade brasileira, apenas engatinha nesse processo. ?Hoje se fala muito em integração do deficiente ao meio que ele vive, mas integrar é apenas estar em um meio. Nós queremos inclusão, que é estar em um meio e poder transformá-lo?, fala Tânia.
Por um processo real de inclusão passam Carlos dos Santos Soares e Clodorico Teles de Souza, juntamente com mais nove jovens estudantes da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae). Há cerca de três meses, eles foram encaminhados para o mercado de trabalho e agora estão em processo de treinamento, por uma empresa da região, desempenhando funções como a de produzir a estopa de que a empresa necessita.
Por processo semelhante de inclusão, passa Inocêncio Tadeu Grosscopf, que desde o começo do ano, trabalha em uma papelaria da cidade. Grosscopf, que é portador da Síndrome de Down, não se acanha e diz que adora trabalhar, principalmente porque pode fazer novos amigos no ambiente de trabalho, além de poder ter um dinheiro para comprar o que ele quiser.
A conferência, que aconteceu durante manhã e tarde, teve ampla participação da sociedade e de entidades relacionadas aos portadores de deficiência e discutiu temas pertinentes aos cerca de 300 portadores de deficiência do município, como saúde e reabilitação, educação e trabalho e acessibilidade. A acessibilidade, um termo relacionado ao direito de ir e vir dos portadores de deficiência física, foi tratado com rigor, inclusive na hora de planejar e construir uma rampa para o espaço em que a conferência foi realizada, já que esta não dispunha de tal. ?Ficamos aqui até onze horas da noite para colocar a rampa direitinho, mas valeu a pena?, confessa Tânia.
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