A sustentabilidade ambiental tem ganhado grande destaque nos dias atuais, principalmente para a discussão de questões ambientais e gestão de recursos hídricos. Atualmente, no Brasil, essa gestão é organizada por bacias hidrográficas em todo o território nacional. Uma bacia hidrográfica consiste em uma área natural de captação de água da chuva, que escoa para um único ponto. Ela é formada por superfícies inclinadas e uma rede de drenagem composta por cursos d'água que se unem formando um leito único. As bacias são excelentes fatores para estudos de diagnóstico ambiental, visto que o seu estado de equilíbrio pode ser facilmente alterado, provocando consequências que podem ser irreversíveis, dependendo do impacto e da susceptibilidade da área. As interferências de atividades humanas no meio ambiente têm sido motivo de preocupação nas últimas décadas, refletindo como um grande alarmante para o sistema ambiental. Pensando na importância dos recursos naturais para a humanidade, um grupo de pesquisadores do IFSC Canoinhas desenvolveu uma pesquisa sobre o levantamento do diagnóstico de alguns atributos ambientais da bacia hidrográfica do Rio Canoinhas como o uso do solo, distância dos centros urbanos em relação ao Rio Canoinhas e os pontos de áreas de preservação permanente (APPs) degradados por meio de imagens de satélite e avaliação de impactos ambientais na bacia, considerando a complexidade dos problemas ambientais presentes. Os resultados adquiridos na pesquisa relatam que o município de Canoinhas por possuir menor distância do centro urbano em relação ao afluente e por contar com maior parte de uso do solo voltado às atividades agrícolas alcançou uma grande proporção do total de pontos de APPs degradadas (28 pontos) entre os cinco municípios analisados, principalmente por conta da prática de extensão de áreas agricultáveis em direção às áreas de preservação permanente. Ao total foram identificados 107 pontos de degradação de APPs da nascente até a foz do Rio Canoinhas. Com esses dados, é possível obter um panorama sobre as populações que geralmente são afetadas por desastres naturais, devido ao excesso de chuva e pela urbanização desordenada e desmatamento de áreas de preservação permanente. Para enfrentar essa situação, é fundamental conciliar as dimensões econômica, social e ambiental, de maneira a promover o desenvolvimento sustentável satisfazendo as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações de atender às suas próprias necessidades. Nesse mesmo estudo foram desenvolvidas mudas de espécies nativas da região a fim de recuperar áreas degradadas, reduzindo os impactos gerados por essas degradações.

 

Por equipe de pesquisadores IFSC Canoinhas
Lauro William Petrentchuk
Amanda Gabriela Kachel
Naira Marina Krauss